segunda-feira, 30 de julho de 2012

ADORO AQUELA MARRONZINHA

Lendo esse post hoje penso como as pessoas agem da mesma forma, mudando o alvo. Assim, ó, quando minha irmã e eu estávamos brincando no prédio, uma vizinha, criança também, disse ao meu pai: "nossa, adoro essa branquinha". Depois olhou para minha irmã e completou: "essa marronzinha também." 
Compreensível assim, que ela tenha sido um tanto hostil comigo por uns dias. Daí depois de tanto que insisti para ela me dizer o por quê veio a resposta: "porque você tem olhos verdes." E olha que meus olhos nem são daqueles verdes chamativos, não, ainda mais porque eu tenho pupilas do tamanho de rodas de caminhão!


E eu nunca fui muito elogiada pelas minhas características "alvejadas". Ganhei apelidos como macarrão sem molho, macarrão de hospital, cabeça de piu-piu, branquela azeda e outras variantes do tema. Até me perguntaram se eu era albina!
Aliás, um adendo aqui, por que sempre que alguém é branquelo tem que ser azedo? Que ódio que eu tenho disso!


Disse ali no início que o alvo muda. Porque no Brasil, dizer que alguém é loiro dos olhos azuis é sinônimo de beleza. "Ah, fulana é loira de olhos azuis!", mas ninguém usou nenhum adjetivo para enaltecer a beleza, basta dizer cabelos loiros e olhos azuis e pronto, tá implícito.


Aqui na Dinamarca acontece a mesma coisa, mas eles dizem: "Ah, fulana é morena com olhos castanhos!", já implícito que essa fulana é bonita. 


Lembro de duas colegas de trabalho daqui, que têm olhos castanhos e vivem falando como gostam dos olhos, porque são diferentes. Ou de quando uma moça morena entrou na cafeteria e meu colega ficou babando, falando sobre a "pele de brownie" dela. E a moça nem era bonita (na minha opinião)! Mas era diferente das dinamarquesas. 


Saiu do padrão, ficou exótico, é mais apreciado. Bom ou ruim, só sei que é assim. 


Há um tempinho minha mãe falou sobre o filho de uma amiga dela, que mora aqui na Dinamarca também, é morena e tem um filho moreno. Eis que o filho pergunta: " mãe, por que eu sou o único marrom aqui?". É normal que as crianças comecem a perceber as diferenças e acho saudável que os pais conversem sobre isso, mostrando que cada pessoa tem características únicas, e que isso não implica em ser mais bonito ou mais feio.


Há pouco tempo atrás fui à uma festa na casa da minha sogra. Trinta e sete pessoas na festa e somente 4 olhos que não era azuis. Dois meus e dois do Musse, o cachorro. Posso me sentir excluída? Hahahahaha! Ah, e nas minhas alucinações gravídicas, eu tinha CER-TE-ZA que minha filha ia ter preconceito contra mim, porque sou brasileira. De onde eu tirei isso? Oras, da nossa mania de achar que tudo que vem "de fora" é melhor. Veio de fora, é diferente, logo é mais valorizado. Feio feio feio isso, né?


Existe gente bonita e gente feia, isso só depende dos olhos de quem olha, correto?


Legal mesmo é o David Bowie!




PS: esse post tá meio bagunçado, mas é que escrevo e assisto ao filme da Branca de Neve ao mesmo tempo. Acho que a Kristen Stewart é atriz de um filme só...sempre as mesmas expressões, que chata!








terça-feira, 24 de julho de 2012

CARTA PARA KATARINA

Kata, Katarina, Katarola, descubra algumas curiosidades sobre sua mama.

Quando eu era pequenininha, ia para aula de natação aos domingos (!!!) por volta das 6 da manhã (!!!),  a única coisa que me fazia continuar lá (além da minha mãe me obrigar) era o lanchinho pós aula: pão de forma cortadinho em triângulos com patê de sardinha, que era crocante, dada a quantidade de vértebras das sardinhas...tudo com muita maionese para ficar cremoso, acompanhado de suco que certamente foi proibido depois dos anos 90, por causar câncer nas crianças. Era um pozinho de corantes e sabores artificiais e uma quantidade obscena de açúcar refinado. Era tanto corante que o suco era quase fluorescente!

Quando fiquei maior e queria cuidar dos cabelos, tinha que sair provando  Opus de ovo shampoo pelo supermercado. Assim, abrindo e colocando uma pequena quantidade do shampoo na boca, para ver se era salgado. Nada de ler o rótulo, já que nele só se lia: cabelos sedosos e brilhantes.

Protetor solar só quando ia à praia. Era uma meleca branca que grudava na pele de tal forma que só tomando banho de creolina depois para sair. E ainda ficava com "cheiro de praia" por uma semana.

Não tinha idéia do que o Faustão (que era ão mesmo, bem gordo) queria dizer quando chamava os "reclames do plim-plim", porque toda vez que ele dizia isso, vinham os comerciais e ninguém reclamava de nada! Sim, sou loirinha.

Falando em Faustão, queria muito saber o que era um "tomingo", já que ele apresentava o "Tomingão do Faustão". Não sabia ler naquela época ainda.

Ah, falando em ler, eu aprendi a ler cedo, meu pai tinha uma verdadeira biblioteca em casa, que ficava em cima do guarda-roupa (onde eu gostava de me esconder). Li muitas revistinhas da Mônica também (leio até hoje), e essas estão guardadas para você aqui em casa...algumas da Editora Globo e outras Panini...sorry, kid.

Sempre tive gosto musical meio alternativo para uma criança. Seu avô costumava comprar discos na Liberdade, cantados em japonês (aaaai, waca shira kori waaaa, nime nioko, kazeru oke shiruáaaaa). Também tinha um com uns hippies na capa, cantando sobre um teclado voador. Mas também tive Atchim e Espirro, tá? Adorava o disco da Joana Baez também...ouvia Richard Clayderman e Raul Seixas (ai, pai!). E quando descobri uma fita cassete do Nirvana fiquei muito feliz. Quando fui ouvir se tratava de música New Age, da livraria esotérica do seu avô, mas era tarde demais, já tinha espalhado pros coleguinhas da escola que tinha uma fita de grunge em casa...

Menti para minha amiga Valéria da escola que tinha 12 dobermans em casa (um apartamento de 55 m₂).

Engasguei mil vezes com bala Soft, mas continuei comprando.


Adorava colocar a língua no cabo do teclado quando ele estava ligado na tomada! Era um choquinho saudável.


Seu avô trocou nossa Caloi pequena por uma Monark que era grande demais pra gente, causando meu trauma de veículos de 2 rodas até hoje.


Andava de patins (daqueles estilo Roller Derby) no corredor do prédio, o que me rendia 2 passadas na ida e 2 na volta.


Tomava suco Muppy antes de ser cool pros vegans.

Sempre soube cantar em inglês ("speney ma tchaim" era minha música favorita do Roxette, que obviamente era pronunciado Rochete e foi o nome da minha boneca da Angélica).

Minha melhor amiga da escola era a Vanessa Olhê Pereira, e eu morria de inveja dela porque ela tinha videocassete na casa dela. Meu pai comprou um também, da marca Emerson, que gostava mesmo era de comer as fitas da locadora.

Chic para mim era usar roupa da Pakalolo, bem fluorescente (ahhh os macaquinhos com estampas da Disney). Além dos prendedores de cabelo estilo calcinha.

Chamava controle remoto de controle terremoto e ficava puta quando riam de mim.

Sua tia também não escapa dessas tontices, mas vou dar um desconto pra ela e dizer só uma coisinha: estávamos na Dunkin Donuts, lá no centro (ainda existe?) e tinha uma promoção qualquer. Para participar tinha que preencher um cupom e um dos campos era time. Sabe o que sua tia fez? Toda internacional e com os cabelos esvoaçantes, foi até a atendente e perguntou: "aqui é para colocar as horas?". A cara de confusão da moça fez a pequena troglodita poliglota entender que se tratava de time de futebol, assim, pobrinho em português mesmo.

Uma vez cortei o dedo tentando abrir uma garrafa de uma pinga com coco que estava na geladeira. Eu já tinha bebido uns golinhos dela antes, mesmo achando o álcool ruim, o cheiro de coco me fazia esquecer disso e achava uma delícia. Foi mesmo o cheiro de coco?

Descobri que sua vó era um gênio quando fomos ao mercado, o Terra Nova, comprar aquelas latas estilo matrioska para guardar grãos. Naquela época não tinha sacola plástica, era saco de papel pardo mesmo. Pensei que seria impossível somente nós duas carregarmos aquelas 10 latas de tamanhos variados mais o resto das compras. Ela só me deu um sorriso maroto dizendo que a gente ia conseguir sim, e quando pagou começou a guardar a menor dentro da maior, até que só sobrou a grande! Olha que genialidade!

Sua avó também me disse que brincar com álcool fazia a cara da gente sumir, que ela conhecia uma menina que tinha sacudido (eu falo sacudir mesmo, esse negócio de agitar é pra festa) a garrafa de álcool e ficou sem rosto depois disso. 

Sua tia enfiou na cabeça que eu era apaixonada pelo Victor Steiner, na quarta série, mas eu JURO que sempre achei o Victor um tonto! Minha primeira paixão mesmo foi o Reinaldo, lá na pré-escola, mas ele estava na sala da sua tia e nunca nem olhou pra minha cara. Ele era ruivo, cheio de sardas e usava aqueles aparelhos que eram uma placa de resina marrom. Puro charme...

Morria de medo dos meus dentes de leite caírem. Era tanto desespero que seu avô mentiu para mim, dizendo que todos os dentes caiam, menos os 2 da frente. Só que isso veio me morder na bunda depois, porque meus dentes demoraram tanto para cair, que aos 14 anos ainda tinha dente faltando. E na frente, no maior Tiririca style.

Ah, sabe o Tiririca? É dele aquela música que eu adaptei para você: Katarina, Katarina...Katarina de Jesus, não sei se tu me amas, pra que tu me seduz? É muita cultura nessa sua mamãe!

Nunca tive 1,90m de altura, nem pesei 100kg, mas você recebe de herança algumas camisetas XXXG com Marilyn Manson e Iron Maiden. Além das XG do Bad Religion, Silverchair e Green Day e umas XP do Face to Face e Weezer. Muito eclética, eu sei.

Falando em roupas desproporcionais, eu era tāo magra que sempre usava calça de lã por baixo da jeans, além da camiseta ou blusa amarrada na cintura para dar mais volume no esqueleto.

Até os 11 anos eu era a mais alta da turma (segura essa risada, menina!), daí veio minha menstruação, todo mundo continuou crescendo e eu continuei a mais alta da turma (não da minha, mas daquelas 3 séries abaixo).

Sabe aquelas Havaianas? Sua vó achava que elas serviam para mais coisa além de colocar no pé, mas isso você não vai saber, prometo! Só digo que essas marcas no traseiro da mamãe não são estrias, se olhar bem dá pra ler "sanaiavah". Brincadeira!

Sempre odiei refrigerantes. Aliás, qualquer bebida com gás. Entra pelo nariz e machuca a garganta (cerveja é outra categoria, mas você nem vai gostar, né?).

E eu te amo mais a cada segundo que passa, mas isso você já sabe, né?
Eu e minha querida professora Suzete, que claro, se escrevia Su7.


















terça-feira, 17 de julho de 2012

Professor Girafales e Chicó

Hoje inauguro uma tag que não gostaria. 

Quando tinha 8 anos fui acometida por um pânico de ir à escola. E por que causa, motivo, razão ou circunstância? Não sei, só sei que foi assim. Fiz ludoterapia por um tempo e deixei de ir à escola, tendo que refazer a 3a. série. A única coisa que sei é que a psicóloga disse para minha mãe que minhas brincadeiras sempre acabavam em tragédia. Lembro de ter colocado uma família de bonequinhas de pano dentro de uma caixa de tinha guache, dizendo ser o elevador. No final da brincadeira o elevador caiu no poço e todos morreram.

Aos 17 anos fui diagnosticada com depressão. E por que causa, motivo, razão ou circunstância? Não sei, só sei que foi assim. Fiz tratamento com o trio: psiquiatra, psicóloga e terapeuta. Foi um tratamento meio "alternativo", no qual me foi prescrito anti depressivo, além de muita conversa e um tal de psicotron, que era um choquinho (!!!) leve nas têmporas e música relaxante. O psiquiatra só me disse que eu tinha um quadro clássico de depressão.

Aos 22 anos tive crises terríveis de enxaqueca, que me levaram ao pronto socorro do São Camilo incontáveis vezes. E por que causa, motivo, razão ou circunstância? Não sei, só sei que foi assim. Mais anti depressivo, dessa vez para controlar as crises de enxaqueca.

Aos 27 anos, já morando na Dinamarca, fui procurar tratamento de novo, não me sentia feliz, aliás, tinha ímpetos de felicidade, por volta das 14 horas e depois caia num buraco. Daqueles dias que a gente nem consegue levantar da cama. E por que causa, motivo, razão ou circunstância? Não sei, só sei que foi assim. Demorei para procurar tratamento por achar que o que eu tinha era uma saudade imensa da minha família, dos meus amigos...enfim, de tudo aquilo que agora estava a 13 horas de avião. Fui diagnosticada com depressão (oh, que coisa!) e voltei a tomar remédio. 

Três meses após o início do tratamento fiquei grávida. Parei com o anti depressivo e aos poucos fui melhorando, afinal, tinha muuuuuuita coisa boa para pensar. 

Oito semanas após o parto, durante minha consulta, a médica perguntou sobre a depressão, e eu quis ser toda He-Man e disse que estava bem e não queria tomar nenhum remédio, por conta da amamentação.

Claro que depois do parto veio o tal do baby blues, ou pelo menos foi o que pensei. Mas não passou. 

Hoje, tive um daqueles dias de não conseguir sair da cama. E por que causa, motivo, razão ou circunstância? Não sei, só sei que foi assim. Mas tinha um toquinho de gente que queria mamar, queria brincar, que precisava ser trocada e tocada. Me forcei a fazer tudo num ritmo mais lento, até meu marido chegar, eu conseguir desabar um pouquinho e arranjar alguma coisa para fazer.

Há algum tempinho que aquela alegria das 14 horas me deixou e vou me arrastando para fazer as coisas. E por que causa, motivo, razão ou circunstância? Não sei, só sei que foi assim.

Sei que arrumar alguma coisa para fazer ajuda, sair ao sol ajuda (não é por acaso que o índice de suicídio é dos mais altos nos países nórdicos, falta sol, minha gente!), mas encontrar ânimo para me mexer às vezes parece impossível.

Depois de dar uma ajeitadinha na casa e tomar um café bem gostoso com uma caixa de biscoito de manteiga, resolvi organizar o guarda roupa da Katarina. Encontrei lá 4 daquelas cobertinhas de saída de hospital, sabe? Olhei para a cômoda branca e sem graça do Ikea e, inspirada por um DIY do Mamatraca e da Roberta (Piscar de Olhos), resolvi cobrir as gavetas com tecido. Isso me ocupou e me deixou feliz com o resultado. 

Assim acabou meu dia. Com um sorriso bem no final :)

Não reparem no adesivo cafona que ficou por baixo do tecido!

quinta-feira, 12 de julho de 2012

COISAS LEGAIS E OUTRAS NEM TANTO PARA GRÁVIDAS



Quando fiquei grávida fiquei bitolada em procurar coisas úteis e outras nem tanto para passar a gravidez. E vou te falar, o mercado para as mamas é grande e eles se aproveitam da loucura gravídica e toda nossa compulsão para colocar qualquer coisa à venda.
Aqui vou fazer uma listinha das coisas que eu comprei e achei legal e outras que foram totalmente inúteis.

  • Roupa de gestante: eu comprei uns 2 vestidos e 2 jeans. Só me foram úteis depois dos 4 meses de gravidez, antes disso todas minhas roupas serviam normalmente (ai como eu era feliz!). Tem no mercado umas cintas elásticas que você coloca no seu jeans normal e pode usar a mesma calça com o botão aberto. Não testei, mas me parece interessante. Eu usei aquelas calças com cintura de elástico gigante, muito confortável. Se você tiver alguma habilidade na máquina de costura, vale a pena fazer as suas próprias adaptaçōes, porque os preços das roupas de gestante são salgadinhos. Camisolas para dormir (ou passar o dia inteiro como eu fiz) são ótimas, mais fácil de ir ao banheiro fazer xixi...acredite, é útil, porque uma grávida faz xixi cerca de 37 vezes por dia (eu que inventei essa estatística, tá?). Inclua na lista calcinhas e soutiens confortáveis (é bom usar soutien pra dormir, dar aquele suporte extra). Sobre soutiens - sabia que tem que falar soutien gorge? Legal, né?
  • Sapato para gestante: bobagem, eu usei uma sapatilha daquelas de velhota, com sola ortopédica, porque meus pés viraram 2 pães italianos! Mas também isso só aconteceu depois do quinto mês. Andar carregando um barrigão fodeu com meus joelhos, ainda mais porque eu trabalhava muitas horas em pé e não era fã de usar meu Nike de corrida (hahahahaha) porque me sentia muito Jerry Seinfeld. Mas se você tiver um tênis legal tá valendo.
  • Meia de compressão: De novo, usei por trabalhar muito em pé, ajuda a deixar as pernas menos cansadas e evitar os malditos vasinhos. É aquela Kendall da vovó mesmo, e eles tem para gestante, facinho de encontrar nas farmácias. E se você não quiser sofrer para entrar e sair daquela garganta de jibóia, hoje em dia tem versão 3/4! Pelo menos vi na farmácia aqui em Copenhague e devia ter comprado, porque abandonei dada a dificuldade de entrar e sair dela...
  • Creme para estrias: Usei vários, mas nenhum foi capaz de segurar minha pele. Engordei 24 kg (eu vivia mentindo e dizendo que tinha engordado 20 kg, agora vocês sabem que sou mentirosa). O creme para gestantes da Payot foi bom, mas o que me deixou com a pele hidratada por mais tempo mesmo foi manteiga de coco. Que aliás, me ajudou muito no final da gravidez quando fui acometida por uma coceira desgraçada nas pernas. Ah e também é ótimo para tirar maquiagem dos olhos, viu? 
  • Óleo essencial de limão: Comprei porque tive enjoos homéricos, cheirar o óleo aliviava um pouco aquela ânsia doida. Gengibre também ajudou, mas honestamente, só mesmo quando estava com 7 meses a coisa melhorou. Soube que tem umas balinhas, Prego Drops, que são balinhas de limão, mas eu usei balinhas de limão normais mesmo. Farei um post mais completo sobre enjoo mais tarde.
  • Aplicativos para smartphone: Baby Bump (meu favorito sobre gravidez), que traz informações diárias e semanais, te avisa quando entrar em uma nova semana de gravidez, tem um diário, lista dos essenciais do recém nascido, álbum para armazenar fotos da barriga, cronômetro de chutes e contrações, lista de nomes e até uma comunidade para tirar dúvidas, além de cartão de anúncio de nascimento, que pode ser enviado diretamente para e- mail ou compartilhado em redes sociais. Baby Center, informações desde a gravidez até depois que o bebê cresce. The Wonder Weeks (juro que não recebo um tostão deles!), aplicativo do meu livro favorito, com informações sobre cada fase de desenvolvimento do bebê fora do útero. 
  • Livros: A Gravidez Dia a Dia (Dra. Maggie Blott, ed. Senac São Paulo); Vamos Ter Um Bebê (Michael F. Roizen e Mehmet C.Oz, grupo Leya) e The Wonder Weeks (Hetty van de Rijt e Frans Plooij, da Kiddy World). Esse último é para depois que o bebê nasce, mas daí você nem vai ter muito tempo de ler, é legal saber antes. Não expliquei muito sobre os livros, porque eles são todos meio parecidos, gostei muito mais de ler blogs maternos! Li a Encantadora de Bebês também, mas não gostei.
  • Bola de yoga: suuuuuuuuper recomendo! Usei para relaxar as costas no final da gravidez, mas você pode usar para fazer exercícios grávida, não grávida, gorda, magra, enfim, é uma maravilha! Aqui em casa usei até para sentar para assistir televisão, ou somente apoiar os pés inchados. Agora uso muito para acalmar a Katarina, sento e fico balançado com ela no colo, ela dorme num instante! Comprei a Miracle Box, que veio com a bola e DVD com exercícios para grávidas (via Amazon).
  • Travesseiro para amamentação: Não comprei o de gestante porque achei que ficaria encostado depois do bebê nascer, então resolvi comprar o de amamentação e foi bem melhor. Adorei! A partir do meio da gravidez tive muita azia, não conseguia dormir de jeito nenhum e acabei enchendo a cama de almofadas, mas precisava de uma que fosse mais anatômica. Usei para dormir abraçadinha nela e depois usei para amamentar a Katarina (ahhh, a era do nipple shield). Dá para usar também para dar um apoio quando o bebê começa a sentar, para evitar que ele se machuque quando perder o equilibrio.
  • Chá de camomila, óleo de lavanda e qualquer outra coisa que te dê sono e não seja ilícito nem proibido/contra indicado para gestantes: No final da gravidez eu era um zumbi. Tinha muita ansiedade e aquela mania louca de organizar as coisas na casa. Quando ia para a cama, minha cabeça continuava a funcionar a todo vapor, pensando nas coisas que ainda precisavam ser feitas. Terror! Chazinho e passar óleo de lavanda na fronha para acalmar! Não foi suuuper eficaz, mas deu uma ajudinha.
  • Suplementos vitamínicos: Dizem que é bom tomar ácido fólico até antes da gravidez. Comecei com suplemento porque enjoei demais e não conseguia comer. Daí trabalhando feio um camelo fiquei fraca demais. Tomo os suplementos até hoje, por conta da amamentação. É bom falar com médico/doula, para não sair tomando qualquer coisa.
  • Concha para seios: Só comprei quando comecei a amamentar, mas usei umas 3 vezes só.
  • Máquina para Kegel: Não comprei porque tive placenta baixa e não era recomendado, além do nojinho! Só o squeeze, aqueles exercícios para o assoalho pélvico já ajuda muito. A bola da yoga pode ser usada para fazer os exercícios.





É isso, caso me lembre de mais coisas eu posto depois. Logo tem post de listinha também para depois que o bebê nasce.
E quer saber, aproveitem muito a gravidez, porque passa muito rápido! Mesmo quando parece que ela está se arrastando (hello, 42 semanas de gestação), depois dá muitas saudades! Aproveite para ler coisas que não sejam somente sobre bebês, ver filmes de adultos (não pornográficos!), passear em lugares que goste e que não são muito frequentados por bebês, ficar até tarde conversando com o marido, amigas e afins...todo mundo fala para dormir muito, mas acho que tem que dormir aquilo que é necessário para se sentir bem, afinal, o sono não é uma coisa que pode ser estocada, né...o importante é relaxar. Sei que cada mulher funciona melhor de um jeito, mas só bitolei nas leituras mesmo, nada de seguir aqueles conselhos tipo esfoliar o peito, tomar sol nele, puxar e todas essa sandices aí, mas talvez que isso ajude alguém...meu amigo do peito mesmo é a pomada Lansinoh, mas falarei sobre ela no post pós gravidez.



Boa gravidez!

quarta-feira, 11 de julho de 2012

MENTAL LEAP

No último post eu falei sobre como a Katarina ficou louca difícil durante algumas semanas. Ontem ela deu uma boa melhorada, comeu melhor e quase não chorou. Hoje dormiu bem de manhã, comeu bem e minhocou! Ela já vinha rolando e girando há um tempinho, mas hoje ela colocou as perninhas pra funcionar. Na verdade a perninha, tadinha, é como ver o Bambi aprendendo a andar, mas foi uma gracinha!

Reparem no sorriso da garota quando percebe que está sendo filmada


Sobre a loucura fase da Katarina: Aparentemente foi um daqueles saltos do desenvolvimento (mental leaps). São fases previsíveis que os bebês passam, onde eles ficam chatos, chorões e depois aprendem uma coisa nova. De acordo com meu calendário, ela passou pela fase de relacionamentos, na qual ela começa a notar que existe uma distância entre nós duas e isso faz com que ela fique insegura. Junta isso com a introdução de sólidos e voilà: katarina molotov.

Durante todas as fases que a Katarina já passou, essa foi de longe a mais complicada e longa. Das outras vezes ela ficou um pouco chateada, mas nunca durou mais de 3 ou 4 dias. Essa fase durou 4 semanas! Sim, relacionamentos são mesmo um porre!

Tem um livro que eu já comentei aqui no blog, The Wonder Weeks, e é tão bom que vou falar dele de novo. Um textinho sobre cada fase, com sintomas e o que os pais podem fazer para ajudar e muitos comentários de diversas mães falando sobre como os filhos agiram durante as fases. Para mim o livro tem mais crédito por esses comentários do que pelos textos. Claro que os textos ajudam, mas ter mães de verdade compartilhando suas experiências é muito mais válido para mim, por isso adoro tanto os blogs maternos. Ah, esse livro também tem aplicativo para iphone, que é super legal e baratinho!

Além desse livro, que me ajuda no psicológico (porque me sinto unida com um monte de outras mães na mesma situação), outra coisa que sempre ajuda quando a Katarina está chateada é o uso do sling. Me ajudou muito nessas últimas 4 semanas, para eu poder fazer coisas, como cozinhar, usar o banheiro (eca!), passar aspirador na casa, lavar a louça, ler e dançar um pouco com ela. Me tira do sério quando tenho que fazer alguma coisa e ela fica choramingando, assim, com o sling, ela fica calma e eu posso fazer algumas coisas.

Logo farei um post falando mais do sling e outra coisinhas que acho legais de comprar (para vocês Ivy e Tiê).





quinta-feira, 5 de julho de 2012

COMPRA-SE PACIÊNCIA

Há dias que me sinto muito frustrada. Ainda que a Katarina seja muito boazinha e quase nunca chore, ela passa por fases de manhas e chorinhos carentes.

Nas duas últimas semanas ela tem me feito chorar também. Basta eu sair do campo de visão dela e pronto: chorinho. Basta eu ela me ver quando está com o pai e pronto: chora. Quando tento colocar no chão para brincar ou na cama para dormir ela encolhe as pernas e começa a choramingar. Na hora de comer então eu até tenho frio na barriga. Reclama, reclama e reclama. Aliás, ela me confunde muito na hora de comer. Logo que iniciei a papinha, ela comeu tudo sem reclamar, toda gulosa e gracinha, mas nesses dias ela se distrai com qualquer barulho, consegue ouvir até uma asa de mosca caindo no chão do jardim do prédio vizinho. Qualquer coisa é motivo de distração e de virar a cara para a comida. Daí nunca sei se ela ainda quer comer ou se simplesmente está distraída demais. Abre a boca e come, depois vira, depois come, depois vira e assim ad infinitum.
Aqui eu aplico a seguinte metodologia: EU decido O QUE comer, mas ELA decide o QUANTO. Mas como ela não dá sinais tão claros, eu fico muito frustrada. Para as frutas não há problema, só com as papinhas de legumes mesmo.

Me sinto muito egoísta quando perco a paciência, afinal, eu decidi ter filho e sabia que eles demandariam atenção e consumiriam todo boa parte do tempo. Maaaaaas, eu adoraria comer sem ter azia depois, lavar os cabelos com calma, limpar a casa sem ter que carregar 10 kg no sling, ler um livro sem ter mãozinhas gordas tentando rasgar as páginas...enfim, coisas do dia a dia que aprecio tanto.

Não é sempre assim, claro e, talvez seja por isso mesmo que me sinto tão sem chão; não estou acostumada com esse novo comportamento dela, que espero, seja passageiro.

Daí que quando ela fica doida, eu pego no colo, beijo, embalo, canto, danço com ela e sou invadida por uma sensação tão gostosa que me arrependo por ter ficado tão nervosa antes. Me sinto egoísta, afinal, ela só quer ficar perto, quer atenção.

Secretamente eu sorrio quando ela prefere meu colo, minha presença.


Quando ela dorme tenho saudades e quero que ela acorde, quando ela acorda eu quero que ela durma. O irmão da Phoebe explica isso muito bem aqui.

Esse post aqui fala exatamente isso, sobre essa inconstância adolescente das mães, que mudam de humor assim como jogador de futebol muda de namorada.

Penso que quando ela falar vai ser mais fácil, que vai me explicar e assim vou poder resolver. Mas a maternidade não deve ser tão fácil assim, como li aqui e ali.

Se alguém tiver paciência sobrando eu compro, e pago bem!