quinta-feira, 27 de setembro de 2012

VAMPIRA MONODENTE

Só vim aqui mostrar o dentinho novo da Kata. Ela achou que era muito chato ter os 2 dentinhos superiores da frente, meio Chico Bento, e resolveu brincar de vampira! Só que numa versão mais caipira, com dente de um lado só. 

É puro charme...

Esse dentinho aí saiu há quase 2 semanas, e como os 2 dentes de baixo, nenhum sintoma nefasto veio aterrorizar a menina nem a mama dela. Dá pra ver também os "calombinhos" dos outros dentinhos superiores, parecem canjicas!


quarta-feira, 26 de setembro de 2012

BLOGAGEM COLETIVA: LAÇOS DE FAMÍLIA


A blogagem coletiva das mães internacionais de hoje quer saber como mantemos o contato com nossas famílias que ficaram lá na terra natal.

Bom, telefone, cartão postal, e-mail, skype e redes sociais ajudam um bocado nessa difícil tarefa que é fazer parte da família ainda que distante. Ah, e o blog também.

Esses meios me deixaram um pouco "exibicionista", acabo mostrando muito do meu dia a dia com trivialidades. Mas são exatamente as trivialidades que formam o cotidiano, não? Pode parecer idiota para outras pessoas, mas acho que minha mãe gosta de saber que fiz biscoito ou saí para tomar chá. 
Pelo menos eu me interesso por esses detalhes na vida dela.

A frequência com que falo com minha mãe e irmã  nos permite tratar de assuntos urgentes como esmaltes novos, o que comemos no café da manhã e descrição completa dos novos barulhinhos que a Katarina faz.

Aliás a  Katarina sempre faz aparições nas ligações do skype (além de ser a estrela das 500 fotos diárias que posto no facebook e instagram) , porque quero que ela esteja presente na vida dos meus pais e da minha irmã, ainda que através de uma tela de computador. 

Muitas vezes esses contatos via skype me deixam com um gosto amargo de choro contido. Escuto a voz da minha mãe e não posso abraçar, dar um beijo no rosto dela, sentir a textura da pele, macia e quentinha...o cheiro do cabelo dela. Sabe essas coisas? Eu tenho medo de perder detalhes, de ver minha família diferente a cada vez que a gente se encontrar. Maaaaaaaaas isso é assunto para outro post, um bem cinza.

Enquanto não inventarem o teletransporte vou usando os recursos disponíveis para ter uma silhueta da minha família aqui em casa, e ser uma silhueta lá na casa deles, porque nossos laços nunca se desmancham, eles só se apertam.





quinta-feira, 13 de setembro de 2012

AMOR ASSIM É MUITO BOM!

Ela acordou toda confusa, ficou brava, me viu deitada ao lado dela e sorriu. Impossível acordar de mau humor!

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

EDUCAÇÃO (falta de)

Ontem li um post sobre educação, ou na verdade, a falta dela. Tirando a parte de deus e fé (porque mesmo sem religião as pessoas podem ter valores, correto?), o texto foi interessante. Depois, por acaso, assisti ao filme Detachment, que fala também sobre educação nas escolas. Ou de novo, a falta dela nas escolas.


A gente sempre ouve um "ah, na minha época ninguém falava assim com professor." Mas convenhamos, antes às escolas cabia o papel de ensinar o currículo, não educação. Escolas são instituições de ensino, não de educação. Óbvio que civilidade e alguns outros valores serão ensinados na escola, já que é lá que passamos boa parte das nossas vidas, mas esses valores já devem vir de casa. 

Alguns pais delegam às escolas TODA a educação dos filhos, e exigem os resultados, ainda mais quando pagam mensalidades exorbitantes. É a educação como produto que os pais compram, não se trata mais de pais/alunos e professores, mas de clientes e provedores de serviço, daí a falsa ideia que os pais tem de exigir que a escola cumpra aquilo que não é nem nunca foi seu papel.

Aqui em casa eu vivo num dilema: colocar ou não a Katarina na escolinha. Na Dinamarca, a idade mínima para a criança ser aceita na escola é 9 meses, a idade da Katarina agora, mas o mais normal é que os pais coloquem as crianças com 12 meses. 
O dilema existe por conta de uma indecisão minha, sobre voltar ou não a trabalhar fora. Mas de qualquer forma acho muito cedo colocar na escolinha. Porém ainda que eu não volte a trabalhar, preciso fazer alguma coisa que não envolva maternidade, como estudar alguma coisa, que ainda não sei o que. Complicado, né?

Quanto às escolas, gostaria muito de colocar a Katarinha numa Waldorf ou Montessori, mas vamos ver quando a hora chegar, se chegar.

Voltando ao filme Detachment. Se tem uma coisa que o filme me fez pensar foi: JAMAIS QUERO SER PROFESSORA! Mas tenho um respeito enorme por quem tem aptidão para isso, afinal de contas, além de ser uma das profissões mais nobres, tem que ter estômago para aguentar o sistema educacional no estado em que se encontra, não? E detesto essa demagogia de elogiar os professores e não ter o mínimo respeito por eles, isso sem nem entrar no mérito do salário miserável. E deve ser uma das profissões mais gratificantes. Sabia que no Japão os professores são os únicos que não precisam se curvar diante do imperador? Porque numa terra sem professores, não pode haver imperador. Sempre gostei dos japas...


A falta de respeito com os professores extrapolou a linha das caras feias, respostas atravessadas e caricaturas na carteira, chegando à agressão física. Meu marido me disse, se preparem para o absurdo, que houve um caso desses na Suécia, de professor agredido por aluno, e decidiram que nada podia o professor fazer, que a profissão de professor o sujeita a isso. Isso na Suécia, hein?! Mas meu marido sempre diz que acha que os jovens brasileiros tem mais respeito aos mais velhos, que os suecos são mais bocudos. Não sei se posso concordar, já que houve casos de agressões a professores no Brasil também. Mas nunca presenciei, nem no colégio público nem nos privados nos quais estudei.

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Meu maior medo depois que me tornei mãe é de que a Katarina faça escolhas erradas, dessas que machuquem ela mesma e outras pessoas. Me dá arrepio só de pensar nela sendo parte de alguma panelinha que rejeite outras crianças. Eu fui parte do grupo rejeitado, nunca da panela maldosa, e acho que assim foi melhor, porque nada é tão terrível quanto consciência pesada. Sempre que falo mais grosso com minha mãe fico me corroendo de culpa depois, e é horrível! 

Por enquanto vou explicando para a Kata sobre boa conduta. Talvez que ela não entenda as minhas palavras, mas tenho como certo que ela absorve o conceito de alguma forma.


sábado, 8 de setembro de 2012

SÁBADO PREGUIÇOSO COM RECEITA!

Sabe aqueles dias que se arrastam? Puro tédio? Hoje foi assim, então como indulgência resolvi fazer sanduichinhos,  galette sablée bretonne e chá...porque sim, mexer na cozinha sempre me deixa de bom humor!

Quer fazer? É rapidinho e delicioso!

Sanduíches de atum:

- 2 latas de atum em água
- 2 colheres de sopa de maionese
- o quanto te agrade de cebolinha francesa, aquela mais fininha, sabe? ( a mim agrada MUITO)
- raspas e suco de 1 limão
- alface americana
- pão de forma (usei integral)

Mistura tudo, passa no pão e coloca uma folha de salada. Eu tirei as bordas dos pães e depois cortei cada sanduíche em 4 triangulinhos. Fácil, não?

Galette:

- 200g de farinha
- 130g de açúcar
- 2 colheres de açúcar de baunilha, ou meia fava
- uma pitada de sal
- 2 colheres de café de fermento químico
- 125g de manteiga
- 1 ovo
- 1 gema de ovo com 50ml de água

Passe os ingredientes secos numa peneira, junte a manteiga gelada cortada em pedacinhos. Misture com as pontas dos dedos, até ficar meio farofa. Coloque o ovo inteiro e misture bem. Faça uma bolinha, cubra com um pano e deixe descansar por 1 hora em local arejado e fresco. Enfarinhe uma superfície e faça da massa um rolo. Corte os biscoitinhos e pincele a gema com água em cima de cada biscoito. Asse a 225°C até dourar (cerca de 10 minutos) numa forma coberta com papel manteiga. Deixe espaço, porque como qualquer massa amanteigada, esses biscoitinhos irão se espalhar.










 Com louça bonitinha dos anos 50 fica ainda mais gostoso.










sexta-feira, 7 de setembro de 2012

UPDATE DAS FÉRIAS E DICA DE LIVRO

Depois de tanto tempo, cá estou fazendo um apanhado geral bem enxuto para não ser enfadonha:

Entre os dias 09, 10 e 11 do mês passado, aconteceu em Copenhague a Nordic Barista Cup, um evento anual com palestras, provas e tudo mais sobre café. É bem famoso e interessante, então, ainda que não esteja mais atuando profissionalmente, pelo menos por enquanto, fui participar. Foi bem pertinho de casa, menos de 10 minutos a pé, mas durava entre 8 e 9 horas. Como fazer com a Katarina? Ligar para a avó paterna, que estava na França descansando e pedir para ela voar para Copenhague, oras! E não é que ela gostou da ideia???

Pois bem, foi a primeira vez que fiquei tantas horas longe da Katarina. Antes da minha sogra chegar aqui, eu estava completamente alucinada de preocupações e medos, quase nem dormia. Mas no dia que minha sogra chegou acabei ficando mais tranquila. Não liguei nenhuma vezinha para conferir se estava tudo bem, ainda que olhasse o telefone a cada 2 minutos. Minha sogra me mandava uns updates por SMS, então consegui aproveitar bem as palestras e provar os cafés.


Viajamos para o sul da França por quase 3 semanas, mais precisamente em Blauzac, uma vila perto de Uzès (meu lugar favorito, é lindo demais), que por sua vez, fica perto de Nîmes. A casa é do meu sogro, então ficamos super a vontade. 
Nesse tempo que ficamos por lá, os avós paternos da Kata me deram um grande presente: tempo livre. Cuidaram muito dela para meu marido e eu podermos sair por aí e descansar bastante. Recebi até a vista de uma amiga querida, mineira, que mora em Paris! 
em saint quentin la poterie, durante a festa do touro bandido

Resumo da França:

- Calor demais (42...37 graus, amigas!)
- Katarina aprendeu a engatinhar de joelhos, sem se arrastar com a barriga
- Katarina falou água ( eu acho)
- Comi croissant todas as manhãs
- Perdi 1,5 kg (?)
- Katarina comeu arroz pela primeira vez
- Fiz geléia de figo da figueira do quintal
 no jardim de Bambu
Uzès, vista do alto da torre do jardim medieval
muito bloqueador solar!

Voltamos para Copenhague, de temperatura bem amena e como ainda era terça, decidimos viajar na quinta de manhã para a Suécia.

Fomos para a região chamada Småland. Temperatura: 10°C à noite. Ficamos num chalé no meio do mato com um lago, muito bonito. Aliás, eu PRECISO morar no mato. Sempre fui meio bicho do mato, mas depois de tantos anos morando numa das maiores cidades do mundo, cansei. Quero ficar isolada, mas cercada de verde. Ainda que Copenhague me remeta à uma cidade do interior, porque é pequena, não é muito populosa e as lojas fechem cedo, tem um arzinho de metrópole, sabe? Acho que ando precisando morar embaixo de uma pedra...
 alcinho!!!
 alce mama


Enfim, visitamos também a única bisavó viva da Kata, que é uma fofura, daquelas que você tem vontade de enfiar no bolso e levar embora. 


Resumo da Suécia:

- Katarina fala mãmãmãmã e ficou em pé
- Conhecemos um casal francês muito simpático lá nos chalés, e eu passei umas informações jurídicas atrasadas para eles. É que eu fico muito nervosa quando alguém me pergunta alguma cois eu esqueço! Odeio isso! Meu professor de Penal se revirou no túmulo (não sei se ele morreu, mas já era bem velho quando meu deu aulas no Mackenzie...algum mackenzista tem notícias dele???)
- Li um livro maravilhoso: Caim, do Saramago. Pena que foi traduzido para inglês (comprei no aeroporto de Copenhague), então deve ter perdido algumas sutilezas da língua portuguesa. Leiam, leiam, leiam! Morri de rir! 

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Antes de ontem, lendo o blog da Clara Lidström, vi que ela faria uma palestra sobre design de interiores tipo vintage (por conta do livro dela) e sobre blog, já que ela é uma das blogueiras mais conhecidas. Meu marido chegou em casa e fomos de trem ( a palestra foi em Lund, na Suécia, uns 40 minutos de trem daqui de Copenhague). 
Chegamos quando a segunda parte da palestra ia começar, sobre blog. Meu sueco de pobre não me permitiu entender TUDO que foi dito (mas eu tenho um bom timing para risada), mas peguei as idéias gerais e concluí que meu blog é todo errado, mas tudo bem, um dia eu melhoro!


Daí que eu prometi ser rápida, mas não sucedi. Vou seguir uma dica da Clara e colocar umas fotos, para ver se o post fica mais interessante! Hahahahaha!